É possível viajar para os Estados Unidos durante a pandemia?

Sim, brasileiros podem viajar para os Estados Unidos, mesmo durante a pandemia. Na verdade, nunca fomos proibidos. É que muita gente confundiu a restrição de entrada de “passageiros com origem no Brasil” com uma suposta proibição de “passageiros brasileiros”. Existe uma maneira de entrar legalmente nos Estados Unidos sendo brasileiro, desde que você tenha disponibilidade de tempo e dinheiro para cumprir a quarentena em outro país.

Em função da pandemia de corona-vírus, o governo norte-americano proibiu a entrada de passageiros com origem no Brasil, ou que tenham estado no País nos últimos 14 dias antes da chegada aos Estados Unidos. A exceção é apenas para cidadãos dos Estados Unidos, residentes permanentes, cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes (no site do Departamento de Estado tem o detalhamento dessa medida, em inglês). Clique aqui para saber mais.

Atualmente, um viajante do Brasil que queira entrar nos Estados Unidos precisa passar pelo menos 14 dias em um país que não tenha restrições vigentes, como o México ou a Turquia, por exemplo. No entanto, nada garante que entre a compra da passagem e a viagem alguma nova regra seja imposta pelo governo norte-americano, aumentando o risco e o custo de qualquer viagem.

É importante destacar que o Brasil não foi o único país afetado por políticas imigratórias restritivas dos Estados Unidos. A China e os países da União Europeia, por exemplo, continuam com limitações para viagens de turismo e de negócios para o país.

Quarentena no México para viajar aos Estados Unidos

Embora existam mais de 100 países abertos para brasileiros, viajantes que necessitam ir aos Estados Unidos têm optado pelo México (Cancun) como destino intermediário para passar os 14 dias de quarentena, antes de seguir viagem ao país. Isso porque o México oferece algumas vantagens, como voos diretos com a AeroMexico, isenção de visto para brasileiros, custos baixos, infraestrutura hoteleira e a conveniência do idioma espanhol. Além disso, o México não exige teste PCR negativo de Covid-19, uma preocupação (e custo) a menos.

Vale mencionar que as fronteiras terrestres entre Estados Unidos e México seguem fechadas, sendo possível apenas viajar de avião entre os dois países.

Quarentena em outros países para viajar aos Estados Unidos

 Outros brasileiros estão fazendo quarentena na Sérvia ou outros destinos antes de viajar para os Estados Unidos. Mesmo que a lógica geográfica não faça muito sentido, alguns países oferecem facilidades semelhantes para os viajantes que estejam apenas de passagem e que não queiram ir ao México.

Dentre os países com poucas exigências para brasileiros, estão a Turquia (que também conta com voo direto do Brasil), Etiópia, Sérvia, Albânia, dentre outros.

Outros destinos próximos também podem ser uma alternativa, como a Colômbia, Peru e Panamá, que possuem voos diretos saindo do Brasil. No entanto, esses países possuem exigências de teste PCR negativo para Covid-19, emitidos entre 48 a 96 horas antes da chegada, de acordo com as regras locais.

A entrada nos Estados Unidos está garantida após a quarentena?

Não. Mesmo cumprindo o requisito da quarentena de 14 dias fora do país, a imigração americana reserva-se ao direito de negar sua entrada, por qualquer outro motivo, como já ocorria antes da pandemia.

Além disso, as regras que permitem a entrada de brasileiros podem mudar a qualquer momento, seja devido ao aumento de casos de Covid-19 ou até mesmo ao resultado das eleições americanas.

Qual a previsão dos Estados Unidos voltarem a permitir passageiros do Brasil?

As restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos não têm data para expirar e não há qualquer previsão oficial para o fim das medidas implementadas. Porém, investigando um pouco mais a fundo, é possível ter uma ideia de quando a situação pode mudar…

Considerando o posicionamento de Joe Biden durante a campanha presidencial,  uma flexibilização das restrições deve ocorrer somente quando a situação da pandemia melhorar nos Estados Unidos, após o avanço da campanha de vacinação, que segue acelerada. O cenário mais provável é que em algum momento o governo volte a liberar a entrada de visitantes dos países mais afetados pela pandemia mediante a comprovação da imunidade e/ou com a testagem prévia ou na chegada ao país, utilizando de uma nova geração de testes rápidos mais eficientes e baratos. Mas isso vai depender de como a situação vai evoluir, o que deve levar alguns meses.

Restrições permanecem, mesmo para países que controlaram a pandemia

É bom lembrar que essas decisões de abertura ou fechamento de fronteiras não são somente técnicas, mas também políticas. Isso acaba influenciando muito o posicionamento do governo. Por exemplo, a China deixou de ser uma fonte relevante de casos há muitos meses, mas as restrições para a entrada de viajantes provenientes de lá ainda não foram retiradas. O mesmo aconteceu com a maioria dos países da União Europeia antes da segunda onda de contágio no final de 2020. Ou seja, se o governo não aliviou a barra de nações desenvolvidas que conseguiram controlar a pandemia, dificilmente vai fazer algo por países que sequer atingiram um baixo número de casos. É politicamente inviável, já que a opinião pública norte-americana cobra mais medidas concretas para a contenção da pandemia no país.


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